Coletivo

Boi Pai do Campo


Funções

Descrição curta

O Boi Pai Campo da Comunidade da Faceira de Limoeiro do Norte-CE, fundado Por Mestre João Caboclo e Mestre Chico no ano de 1980, descendentes do Boi Laranjeira de Zé de Terto do Distrito de Flores, que também descendia do boi brincado pelos trabalhadores da construção do Açude Barracão no município de Russas na década de 20.

Endereço: S , Limoeiro do Norte, CE, BR

Estado: CE

Município:

CEP: 62930-000

Logradouro: Sitio Aningas

Número: S/N

Complemento:

Bairro: Zona Rural

Descrição

Apesar de ser uma cultura centenária, pouco se escreveu sobre a manifestação do bumba meu jaguaribano, não se tem registro de obras literárias sobre o assunto e tudo que se sabe sobre o folguedo do boi nessa região é por meio de relatos, depoimentos e causos contados por quem viveu e ou vive o encantamento de brincar boi. Partindo desse ponto, sabe-se que o folguedo "brincadeira" do boi chegou nesta região no início do século XX com a vinda de trabalhadores do estado da Bahia para trabalhar na construção de um açude no Distrito de Capim Grosso, município de Russas. Contam os mais antigos, que os trabalhadores baianos juntamente com os operários locais, para quebrar a monotonia das noites no meio do sertão, celebravam o auto da brincadeira do bumba meu boi. Após a construção do açude, os trabalhadores voltaram para suas comunidades de origem e alguns fundaram suas próprias companhias de bois.


O boi chegou à ribeira do Jaguaribe, trazido por João Vicente da Costa, descendente da família dos caboclos, neto de uma indígena de etnia Janduís, filho da cabocla Chichica. João Caboclo como era conhecido, foi um brincante remanescente do Boi Laranjeira de propriedade de Zé de Terto do distrito de Flores, companhia de boi que brincou entre as décadas de 40 e 70 do século XX. Com o falecimento de Zé de Terto, os boieiros ficaram órfãos do boi, foi aí que João Caboclo em 1980, convidou seu sobrinho Francisco das Chagas da Costa para fundar uma companhia de boi, e colocaram o nome de Boi Pai do Campo da Faceira.


Bem acolhido pelo povo, o Boi virou patrimônio de Faceira e tornou-se motivo de celebração e encontro da comunidade e de alegria entre os habitantes desta localidade. Em 2002, com o falecimento de Mestre João caboclo, Chico assumiu a responsabilidade de dar continuidade à brincadeira, sempre com a consciência de ser ele “apenas” o mestre, pois é a comunidade a verdadeira “dona” da brincadeira. Mestre Chico rege esse espetáculo popular como pode, contando principalmente com a ajuda da comunidade, junto a quem busca materiais alternativos, nunca perdendo a alegria e o prazer de fazer tudo isso. Com aproximadamente 25 brincantes, o folguedo é composto pelo boi, a burrinha, o bode, a ema e o jaguá, além de outros personagens. Acompanhado pelo som da gaita pífano, na condição de líder, o mestre vai tocando o tambor para marcar o ritmo da animação dos boieiros do cordão azul e vermelho, dos índios e do casal Doutor (Negro Chico) e Catirina. Com o advento do reconhecimento em 2005 pelo Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria Estadual da Cultura, mestre Chico se tornou Tesouro Vivo da Cultura Tradicional do Ceará. Título que lhe rendeu muito conhecimento e oportunidade para que o boi personagem principal do folguedo tenha balançado cada vez mais, participando de diversos eventos culturais a nível estadual.

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Publicado por

Francisco das Chagas da Costa (Mestre Chico)

Olá!!
Sou Francisco das Chagas da Costa "Mestre Chico" do Bumba Meu Boi Pai do Campo da Faceira de Limoeiro do Norte-CE. Tesouro vivo da cultura tradicional do Estado do Ceará SECULT -2005, detentor do Título de Notório Saber em Cultura Popular-UECE-2016.

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