Individual

Riquelme Alves da Silva


Funções

Descrição curta

Percussionista, abatazeiro e produtor cultural, com sólida experiência em música de terreiro, samba de rua e afoxés. Fundador do grupo Batuque de Aruanda e integrante de diversos coletivos, atua como educador cultural, ministrando oficinas e promovendo cidadania e valorização da cultura afro-brasileira. Participou da Biennale de la Percussion (França, 2025), representando o Ceará em intercâmbio internacional de música e percussão. Líder religioso do SEUCI e membro do Movimento Jovens Umbandistas do Ceará, dedica-se à preservação das tradições, à formação de novas gerações e à ampliação do diálogo entre fé, arte e resistência cultural.

Dados Pessoais

E-mail Público: rique.tambozeiro@gmail.com

Telefone Público: (85) 8913-4319

Endereço: Rua Andrea Soares 1153, Siqueira, Fortaleza, CE, BR

Estado: CE

Município:

CEP: 60544-340

Logradouro: Rua Andrea Soares

Número: 1153

Complemento:

Bairro: Siqueira

Descrição

Riquelme Alves da Silva, natural de Fortaleza – Ceará, cresceu no seio de uma família umbandista e desde a infância vive a música como parte da espiritualidade. Filho da tradição de terreiro, aprendeu cedo que o toque dos atabaques não é apenas som, mas caminho de conexão com os ancestrais e expressão de identidade cultural. Essa vivência se transformou em missão de vida: unir espiritualidade, música e resistência através da arte.

Sua trajetória cultural teve início em 2015, quando ingressou no Grupo Toque de Senzala, da Associação Espírita de Umbanda São Miguel (AUESM). Foi ali que deu os primeiros passos como percussionista, acompanhando apresentações em escolas, praças, teatros e centros culturais. Ao mesmo tempo, aprofundava sua ligação com a Umbanda, aprendendo os fundamentos dos toques sagrados e assumindo seu lugar como abatazeiro no SEUCI – Sociedade Espiritual de Umbanda Caboclo Índio, terreiro onde atua até hoje. Sua consagração como abatazeiro ocorreu em janeiro de 2025.

Em 2015, também passou a participar da Festa de Iemanjá, tradicional celebração no litoral cearense, unindo fé, música e devoção, consolidando sua presença anual na festa. Nesse mesmo ano, desfilou pela primeira vez na Avenida Domingos Olímpio pelo Afoxé Filhos de Oyá, marcando sua estreia nos cortejos de rua.

No ano de 2021, ampliou sua atuação musical ao ingressar no Afoxé Acabaca, no Afoxé Omorisa Odé e no Bloco do Zé Almir, fortalecendo sua experiência em cortejos e blocos de rua, sempre levando os toques ancestrais para o espaço público. Desde 2023, Riquelme participa ativamente do pré-carnaval e carnaval de Fortaleza, desfilando com diferentes grupos.

A partir de 2022, começou a se destacar também como oficineiro e educador cultural, ministrando oficinas de percussão em projetos como o Projeto Agentes Criativos (CCBJ), Projeto Era Uma Vez (SESC), no evento Negrarte (Omorisa Odé) e em formações ligadas ao Povo de Pemba. Nesses espaços, transmitiu não apenas a técnica dos instrumentos, mas também o valor simbólico e espiritual da música de terreiro.

Riquelme também participou do 1º Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará, em Fortaleza, no dia 21 de janeiro de 2023, debatendo temas relacionados à cultura afro-brasileira e à Umbanda.

Em 2023, fundou o grupo Batuque de Aruanda, com a proposta de resgatar e valorizar o samba de terreiro, samba antigo, samba de macumba e samba-canção. O grupo estreou no Projeto Povo de Pemba (TAC 23/24) e, em pouco tempo, passou a se apresentar em eventos importantes como o Encontro de Macumbeiros, o Makubar Literário (lançamento do livro O Homem Parido de Mim, de Raul Emonte), além de marcar presença na 2ª edição dos Clarins de Aruanda (2025), onde acompanhou o grupo Essas Mulheres e encerrou o evento com um show memorável. Também integrou a programação da Festa de Iemanjá (2025), com apresentação própria e como banda de apoio para o artista Fernando de Yemanjá.

O ano de 2024 foi marcado por sua entrada definitiva no campo da produção cultural. Atuou como assistente de produção no Projeto Povo de Pemba, contemplado pela Temporada de Arte Cearense (TAC 23/24), onde abriu eventos com falas, ministrou oficinas e colaborou na organização. Nesse mesmo ano, esteve na produção da 1ª edição dos Clarins de Aruanda, evento idealizado em parceria entre o SEUCI, o C.E.U Pai Jacob e o Terreiro Vira Mundo. Também contribuiu na produção da Festa das Crianças da AUESM, realizada em Codó-MA.

Em 2025, Riquelme esteve na produção da Festa de Iemanjá, coordenando os grupos que se apresentaram, e foi responsável pela identidade visual e suporte de produção no evento O Samba Não Pode Parar.

No início de 2025, Riquelme expandiu ainda mais sua atuação, integrando o grupo Korin Obá, com estreia no Relicário Music Hall, acompanhando artistas como Yago Sander, Luan Pureza e Ju de Passos. Também passou a colaborar com a Caravana Cultural, integrando o projeto Tambores Carnavalescos e atuando na produção do carnaval junto ao Afoxé Omorisa Odé e ao Bloco do Zé Almir.

O ponto alto de sua trajetória aconteceu em junho de 2025, quando realizou um intercâmbio internacional na Biennale de la Percussion, em Rennes, na França. Atuou como assistente do mestre Marcello Santo na oficina de batucada, se apresentou com o Afoxé Omorisa Odé e a Caravana Cultural, e foi convidado a tocar com grupos internacionais como o Les Tambours du Maracatu (França) e o Pepe Rumba (Afro-Cubano).

Riquelme também investiu em sua formação complementar, concluindo os cursos de Agente Cultural (IFG), Educação Social e sua Atuação (Portal IDEIA), Interculturalidade (IFRS) e a oficina “As Várias Maneiras de se Tocar um Ritmo” com Pantico Rocha, abordando ritmos brasileiros.

Além de músico e produtor, Riquelme é também um jovem liderança religiosa, atuando como abatazeiro do SEUCI e integrando o Movimento Jovens Umbandistas do Ceará desde 2025, onde contribui em ações formativas e culturais voltadas à juventude de axé.

Hoje, sua trajetória se firma como a de um artista que transita entre o palco, o terreiro e a rua, levando a música como expressão de fé, cultura e resistência. Seu trabalho busca não apenas preservar tradições, mas também abrir novos caminhos para a valorização da espiritualidade afro-brasileira e da cultura popular.

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